terça-feira, 2 de junho de 2015

MEIA (da) VERDADE



CHEGA DE MEIA VERDADE

As tais meias de compressão viraram modinha no mundo da corrida. Mas elas funcionam? Finalmente temos respostas



Coluna_Senta a bota

Sabe o Sérgio Xavier? O autor da coluna Correria, que você lê mensalmente na MH? Tem o emprego mais cobiçado do mundo. Além de ser colunista de MEN’S HEALTH, comanda nada menos que a PLAYBOY. Mais que o álibi perfeito com a patroa para, uma vez por mês, acompanhar a sessão de fotos com alguma das mulheres mais cobiçadas do Brasil. E ainda é ele quem decide qual será a musa que observará sem roupas no mês seguinte. Visualiza. Saudade da adolescência? Então…
Só que, no dia seguinte, o Serginho sai para correr com umas meias tipo Kendall do séc. 21 (Kendall é para o pessoal das antigas; se você nasceu na década de 80, use as meias Vivarina como referência). Falo daquele meião de compressão, que vai até o joelho e deixa as mulheres corredoras com pinta de zagueirão. Tudo bem, eu sei, tem umas garotas que podem correr até de chuteira, caneleira, bermudão e peruca do David Luiz que nunca vão ficar parecendo um beque de várzea. O importante é você entender o conceito. Ser diretor de PLAYBOY não é salvo-conduto para sair na rua vestido assim. Aí, sobra para mim defendê-lo das ironias vorazes que me fazem à boca pequena.
O cara é brother, boa pessoa, não faz por mal. Até que eu finalmente consegui uma desculpa convincente para esse comportamento anômalo. E com aval científico. Pesquisadores australianos pegaram 33 maratonistas e os submeteram a um teste de exaustão na esteira, duas semanas antes de correrem uma prova de 42 km. Depois, os cientistas dividiram os atletas em dois grupos: o primeiro usou meias de compressão nas 48 horas após completarem a maratona. O segundo utilizou, no mesmo período, meias com pressão suficiente apenas para que permanecessem no lugar, mas sem efeito compressivo. Era um placebo.
Duas semanas depois de concluída a maratona, os participantes do estudo realizaram novo teste na esteira. Resultado: o pessoal que usou as meias de compressão verdadeiras teve aumento médio de 2,6% no tempo que aguentou correr até a exaustão. Já a turma da meia de compressão falsa experimentou redução média de 3,4% no tempo de corrida até a exaustão, diferença significativa sob o aspecto estatístico.
Várias pesquisas sobre o tema já haviam sido divulgadas e raramente apontaram vantagens na utilização da meia – parecia que elas só serviam mesmo para o usuário ser motivo de piadas. Novos estudos sobre o tema serão importantes para uma conclusão mais firme. De qualquer modo, o placar já começa a ficar favorável às meias de compressão, como instrumento para acelerar a recuperação muscular.
Mas pelamor, Sérgio, não me vai sair de novo para correr com aquela meia de compressão de oncinha, que aí não há ciência que dê conta…
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