quinta-feira, 28 de maio de 2015

Próstata aumentada nem sempre indicará um câncer



Próstata aumentada nem sempre indicará um câncer





Hiperplasia prostática benigna causa obstrução da uretra, mas não evolui para tumor



O câncer de próstata (CaP) foi responsável por 1,1 milhão de novos casos e 300 mil mortes no mundo em 2012. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 70 mil novos casos para este ano. A justificativa para esse aumento da incidência nas últimas três décadas foi a descoberta do PSA e seu uso indiscriminado como exame de rastreamento.

Um dos grandes diagnósticos diferenciais do câncer de próstata é a chamada hiperplasia prostática benigna (HPB), a qual consiste no aumento homogêneo da próstata que ocorre na terceira idade como consequência da exposição prolongada à testosterona que o homem sofre ao longo da vida.

Enquanto o CaP mais frequentemente se localiza na região periférica da próstata, distante do canal da uretra, a HPB causa um aumento mais homogêneo da próstata, com um nível variável de obstrução do canal. Dessa forma, frequentemente esses pacientes apresentam sintomas obstrutivos urinários, como jato urinário fraco, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e gotejamento pós-miccional.

Se não tratada, a HPB causa uma obstrução progressiva da uretra, inicialmente compensada com um maior esforço e hipertrofia da musculatura da bexiga (bexiga de esforço) e posteriormente com a retenção urinária e insuficiência renal.

O diagnóstico diferencial entre essas duas entidades se faz através da história clínica, ultrassonografia da próstata e estudos urodinâmicos. O exame de PSA não é específico o suficiente nesta situação, pois pode estar elevado em ambas patologias.

Quanto ao tratamento, a HPB é manejada inicialmente com medicamentos que visam relaxar a musculatura da uretra facilitando a saída da urina, com resultados em poucos dias, além de drogas capazes de diminuir o volume prostático e que necessitam de um uso mais prolongado. Em casos avançados, pode ser necessário submeter o paciente ao procedimento chamado ressecção transuretral da próstata (RTU) em que que a região periuretral da próstata é ressecada por meio de um procedimento endoscópico através do meato uretral.
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